A escolha de sua tecnologia não é somente uma questão de escopo, e sim uma questão estratégica.
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É fundamental para o responsável de departamento de Educação a Distância escolher a tecnologia mais adequada para o segmento de seus alunos, levando em consideração as expectativas de seu público, as suas condições financeiras e as viabilidades técnicas do mercado.
Apesar de muitos fornecedores ainda utilizarem a tecnologia hipermidiática Flash para criar objetos interativos de eLearning, vários fatores apontam para o fim de seu uso. Muitos desenvolvedores e envolvidos no ambiente tecnológico lutam para que não seja mais utilizada, como é o caso do Ocuppy Flash, cujo objetivo é extinguir com a tecnologia para sempre. Abaixo listaremos 6 motivos para aposentar o Flash.
1. Sustentabilidade
Caso sua equipe se dê ao luxo de utilizar o Flash, muito provavelmente o seu produto final terá que ser refeito no futuro. A tecnologia está sendo menos suportada pelos navegadores atuais de novos dispositivos móveis, e a necessidade de atualizar para uma nova tecnologia é inevitável. A empresa dona do Flash, Adobe, admite que não enxerga evolução no programa e não dará mais suporte para o software, muito menos o atualizará, ou seja, ele não possui mais futuro. Dessa forma, é melhor produzir seus objetos interativos em HTML5, que é bem mais promissor no mercado.
2. Semântica e Acessibilidade
Por ser uma tecnologia externa ao navegador, bem como ter sua estrutura fechada, o conteúdo que o Flash aborda não é divisível, ou seja, o texto só pode ser aproveitado pelo próprio leitor da linguagem, dificultando logaritmos de semântica que ligam conteúdos diferentes e funcionalidades importantes, como abrir links em novas abas, usar o “procurar” dos navegadores e dar zoom no conteúdo. Outro problema fundamental é a leitura do texto por softwares para pessoas com deficiência visual, que fica totalmente inviável. Flash é ruim para a usabilidade em geral.
3. Mobilidade e Adaptabilidade
No cenário em que há mais celulares do que pessoas, pode-se dizer que um projeto que não está preparado para funcionar em diversos dispositivos é um erro estratégico, e o Flash não dá suporte para tal adaptabilidade. O projeto de Flash, fundamentalmente é definido por um tamanho fixo de largura e altura, ou seja, ele não poderá mudar de acordo com a tela de cada dispositivo. O HTML5 – juntamente com o CSS3 – por sua vez, possui a tecnologia responsiva, que torna o projeto praticamente “líquido”, ou seja, todos os elementos da interface se atualizam em qualquer tamanho de tela.
4. Linguagem e Software Livre
Como o Flash é um software de propriedade privada, para desenvolver um projeto em sua linguagem é preciso obter uma licença, bem como o próprio aluno que acessará o curso precisa baixar e instalar um Plugin em seu navegador. O HTML5, por sua vez, é uma linguagem padrão em todos os browsers atuais, sem necessidade para instalação de plugins, e no caso de navegadores antigos, o próprio código HTML5 consegue se corrigir e funcionar em todos os ambientes.
5. Custo de Desenvolvimento e Alteração
Há muitos problemas de atualização de Plugin em diferentes versões do Flash, bem como no desenvolvimento de projetos a alteração e o custo para modificar pequenos elementos – como a cor dos links – é enorme, pois muito tempo é gasto para realizá-las. Também, ao atualizar um projeto para diferentes linguagens do Flash, como Action Script 2 e 3, o custo para adaptação é praticamente o mesmo para a produção de um novo projeto, o que é completamente diferente no HTML5, onde a atualização é muito rápida e o desenvolvimento mais organizado para alterações.
6. O crescimento do HTML5 e CSS3
Como ficou claro, HTML5 e CSS3 são as linguagens mais adequadas para substituir o Flash, e estão em grande evolução. Muitos reclamam que ainda não há como criar Animações com a qualidade do Flash, entretanto, existem muitos softwares que prometem ir além das suas capacidades.
A Adobe, empresa que possui os direitos sobre o Flash, apesar de admitir o seu “fracasso”, trouxe uma ótima alternativa para o mercado: o software Edge, onde é possível criar animações por quadros chave (keyframes) numa linha do tempo (timeline) em uma interface bem conhecida pelos profissionais. Há um site específico com tutoriais para aprender como aproveitar o máximo do programa.
Outra objeção é que a interação promovida pelo Flash não é suportada pelo HTML5, entretanto há o elemento canvas que consegue resultados semelhantes, e é claro que o Javascript, linguagem suportada por qualquer navegador aliada ao HTML5, bate de frente com o Actioscript, linguagem do Flash.
Os projetos que utilizam Flash estão cada vez mais raros no ambiente online, mas eles ainda continuam no mercado eLearning – e de fato é uma questão de tempo até serem substituídos pelo HTML5 e CSS3. As Instituições e os fornecedores que não se adaptarem estarão com desvantagem competitiva e sofrerão consequências em seu posicionamento. A substituição do Flash não é somente uma questão de escopo e documentação em projetos, e sim uma questão estratégica do negócio.
O que você acha sobre o uso do Flash? Nos envie um e-mail para [email protected] com sugestões, críticas ou ideias para o nosso portal de notícias!
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