Qual fator deve orientar o futuro do EAD? Basear-se na tecnologia é um equívoco comum. Saiba qual o elemento fundamental que o conduz e quais os prováveis caminhos.
[vc_separator type=’normal’ position=’center’ color=’#30d1ab’ thickness=” up=” down=”]
Anualmente, uma série de pesquisas e especialistas apontam quais os desafios e prováveis rumos que nortearão o EAD nos próximos anos. De forma quase que uníssona, todos os caminhos indicados miram nas possibilidades tecnológicas que estão cada vez mais acessíveis às Instituições de Ensino, através de seus AVA’s (Ambientes Virtuais de Aprendizagem), cada vez mais em sintonia com os avanços ferramentais.
Todavia, ao traçarmos estratégias e definirmos metodologias de ensino-aprendizagem, acabamos colocando no centro das discussões apenas um dos agentes do processo, renegando a papéis secundários os demais e, principalmente, deixando de lado a equação necessária para que a transmissão e apropriação das informações e do conhecimento.
Tendo como premissas a ideia de que a tecnologia por si só, é apenas uma ferramenta, capaz de facilitar processos e tarefas, como se fossem por natureza extensões do homem, se faz necessário um posicionamento mais assertivo acerca dos agentes que compõe o processo de ensino aprendizagem e o papel que cada um deve ocupar, para não incidirmos no equívoco de acreditar que a aplicação da tecnologia seja capaz de resolver todos os problemas da educação.
O infográfico acima demonstra a complexidade que envolve o processo de ensino-aprendizagem nos dias de hoje, onde o estudante deixa de ocupar o papel passivo de receptor e passa a ser um interlocutor que interfere e dialoga de forma continua com o conteúdo a ser transmitido, criando assim o sentimento de pertencimento e apropriação daquilo que está sendo aprendido.
Dentro deste novo contexto, as tecnologias devem sim ocupar papel importante, porém, para que a efetividade do processo de ensino-aprendizagem se dê de forma plena, a construção coletiva do conhecimento e a interatividade entre professor e estudante devem ser trazidas para o centro do processo, como canais que interligam Professor, conteúdo e estudante.
Agora que já temos como norte a importância de todos os agentes dentro do processo de ensino-aprendizagem, podemos começar a listar os possíveis passos que serão dados pelo EAD.
1. O que é Gamificação?
Trata-se da aplicação de elementos e mecânicas de design de jogos dentro dos processos de ensino-aprendizagem.
Por que usar?
A geração Y responde cada vez mais a impulsos visuais do que textuais. Estudos apontam que os estudantes conseguem memorizar apenas 10% do que leem e 20% do que ouvem. Quando existe um estimulo visual este percentual sobe para 30%. E quando os estudantes vivenciam situações de aprendizado, através de simuladores e games, o percentual de memorização chega a 60%.
A Gamificação é capaz de estimular, provocar, desafiar e engajar o estudante, fazendo com que o processo de ensino-aprendizagem faça sentido, por estar atrelado a uma ação prática contextualizada, além de trabalhar com uma linguagem mais atraente e dinâmica.
2. O que é Aprendizagem Customizada?
É prática de olhar de forma individualizada para cada estudante, levando em conta o contexto e as dificuldades de aprendizado de cada um, para que sejam traçados caminhos pedagógicos capazes de atender às necessidades e aspirações destes alunos.
Por que usar?
Graças aos constantes avanços tecnológicos, hoje conseguimos com mais facilidade entender e diagnosticar as dificuldades de aprendizagem de cada estudante.
Nesta conjectura, traçar metodologias para cada estudante, permitindo até mesmo que ele possa escolher o melhor caminho, se configura como um método bastante eficaz para diminuir as diferenças e nivelar as habilidades e conhecimentos básicos, fazendo com que o estudante aprenda de forma mais efetiva.
3 – O que é Mobile Learning?
Vivemos hoje em uma sociedade cada vez mais conectada. A proliferação de celulares, tabletes e smartphones, junto ao incremento da tecnologia 3G, permitiu que estivéssemos cada vez mais ligados com o mundo, alterando de forma significativa os fluxos informacionais e maneira de nos comunicarmos.
O Mobile Learning trata exatamente desta questão, ao propor que os conteúdos e interações entre professor e estudante possa se dar através destes dispositivos, eliminando as barreiras geográficas e temporais.
Por que usar?
A falta de tempo e a mudança comportamental dos jovens pertencentes a geração Y, que vivem conectados 24 horas por dia, cria a necessidade de permearmos todos os momentos da vida de nossos estudantes, não nos limitando mais apenas ao momento em que ele está em sala de aula. Neste sentido, fazer com que a sala de aula possa ser transmutada para a tela do celular, garante as IE’s (Instituições de Ensino), a possibilidade de oferecer ao aluno a viabilidade de estudar a qualquer hora e em qualquer lugar.
Além da questão de acessibilidade, outros fatores podem ser listados, são eles:
- Aprendizagem Contextual – Graças aos códigos QR, GPS e outras tecnologias, a aprendizagem móvel permite que você aplique a aprendizagem dentro de um contexto, se fazendo valer, por exemplo, da localização do aluno para ensinar geografia.
- Realidade Aumentada – Os smartphones, celulares e tabletes nos permitem também ter acesso a objetos e manuseá-los, criando assim a possibilidade de simulação.
- Conteúdo em capsulas – Os celulares com suas telas menores, criam a possibilidade de oferecer conteúdos mais fragmentados, facilitando a memorização do estudante.
No próximo post traremos mais algumas das tendências que devem estar cada vez mais presentes nos processos de ensino-aprendizagem.
Até lá, reflitam sobre o pensamento do educador brasileiro Rubem Alves:
“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais”. Rubem Alves.
[vc_separator type=’normal’ position=’center’ color=’#30d1ab’ thickness=” up=” down=”]